quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Quando me Tornei Cega?


Ontem aconteceu uma coisa comigo, que fez com que eu me perguntasse: Quando me Tornei Cega?

Ao sair da faculdade, lá pelas 22:20 eu estava indo pegar o ônibus e vi um homem deitado no chão chorando. Mas ele chorava muito, chorava de soluçar. A principio pensei que era um desses bêbados que ficam jogados, mas quando me aproximei vi que era um homem que talvez morasse na rua, talvez não. Aquele choro alto e desesperado fez com que eu me desesperasse também, pois eu não sabia o que fazer. E no momento em que atravessei a rua, assustada e desesperada, eu simplesmente passei pelo homem como se ele não existisse, e então depois de dez passos a diante, com o coração acelerado de desespero...eu parei. Me virei para trás, e até ameaçei voltar, mas tive medo e continuei a andar.

E no caminho de volta para a casa fiquei a me perguntar: quando eu fiquei cega? porque o medo falou mais alto? Será que ele estava passando mal? Será que era fingimento e ele ia me assaltar?

Pensei em muitas coisas, e não consegui todas as respostas. Apenas consegui chegar a uma resposta clara de que eu queria muito parar e perguntar para aquele homem se ele precisava de ajuda, independente se fosse um mendigo, um executivo ou um padre, mas senti que era meu dever perguntar. Mas por estar sozinha, e ser tarde...o medo falou mais alto. E então naquele momento eu fiquei cega, e conforme me virei para frente para continuar a caminhar para o ponto de onibus, eu fui me odiando e me sentindo a pior pessoa do mundo, e pedindo para encontrar alguém conhecido só para eu poder voltar e perguntar: O Senhor precisa de Ajuda?




Milene Rolan

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Vitória Merecida!!!!


Recentemente fiz uma reportagem para a faculdade, sobre o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, em que Renata Cinci, Graziele Magaton e eu entrevistamos os jornalistas Gilberto Nascimento e Rodrigo Martins, da Carta Capital, sobre a reportagem que eles fizeram, “Um Torturador à Solta". Segue abaixo a reportagem que fiz com entrevista concedida:


O Prêmio Vladimir Herzog, é o prêmio mais importante do Jornalismo brasileiro, na área de direitos humanos. Surgiu há 30 anos, após o assassinato do jornalista Vladimir Herzog, para premiar os jornalistas que denunciavam as ações do regime militar. Hoje é também voltado para a Cidadania.
Dia 27/10 foi realizado no TUCA (Teatro da Universidade Católica de São Paulo), o 30° Prêmio Vladimir Herzog, onde foram comemorados também os 20 anos da Constituição da República Federativa Brasileira de 1988.
O evento proporcionou muitas emoções nos espectadores, mas sem dúvida o momento mais emocionante ocorreu quando a Família Teles subiu ao palco e foi aplaudida de pé por todos, por toda garra e coragem destes, que foram torturados pelo Coronel Ustra, do antigo DOI – CODI – Paulista, na Ditadura Militar.
Há anos a família vem lutando para que ele seja reconhecido como culpado, perante a justiça brasileira e a sociedade; E foi neste ano, que esta longa luta chegou ao fim, graças à ajuda de dois grandes jornalistas, Gilberto Nascimento e Rodrigo Martins, da Carta Capital. Eles escreveram a reportagem “Um Torturador à Solta”, que venceu o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, na categoria Revista. O texto dos repórteres chamou a atenção do Ministério Público Federal, que tomou a iniciativa de entrar com uma ação à Justiça Federal, para responsabilizar civilmente torturadores e autoridades da Ditadura Militar no Brasil, por crimes cometidos no DOI – CODI Paulista, entre 1970 e 1976.
A reportagem deu início a uma discussão de punição aos torturadores que agiam na Ditadura Militar no Brasil. Gilberto Nascimento, afirma que para chegar ao torturador ele contatou ex – presos políticos e colheu informações em pesquisas realizadas na Polícia Civil, assim o localizando no 4° Distrito Policial, em Presidente Prudente. Gilberto relata como foi este encontro:

“Fui encontrá-lo, claro que sem avisar, porque se eu falasse que queria entrevista-lo ele iria sumir. Então, fiquei duas horas, parado em um ponto de ônibus em frente à delegacia, e quando ele chegou, eu o abordei e ele ficou uma fera, e eu acho que ele gostaria que estivéssemos nos tempos de Ditadura, para que ele pudesse me prender, torturar ou fazer qualquer coisa”.

Segundo Gilberto Nascimento, quando ele propôs a reportagem na edição da Carta Capital, Mino Carta, jornalista de grande visão, disse para Gilberto e Rodrigo mostrarem a história deste cidadão, a história da Repressão Política no Brasil, como eram os bastidores, os porões de tortura e quem foram os grandes responsáveis por estes atos.
Rodrigo Martins, diz que a ditadura era financiada por Industriais, Empresários e a própria operação urbana, que foi quem inspirou os DOI – CODI espalhados pelo Brasil, e que há registros históricos sobre isso, porém não se sabe mais sobre a participação da sociedade, o apoio e o financiamento para a tortura, porque muitos dos arquivos da ditadura não foram abertos, o que se torna outra batalha:

“O Brasil ainda não abriu os seus arquivos, embora o ministro Paulo Vannuchi, dos Direitos Humanos, achar que muitos arquivos foram abertos, na verdade muita coisa ainda precisa ser dita, como: quem são os mortos e onde foram enterrados os corpos. Existem muitas informações que o governo Brasileiro precisa dar e não deu. Então a coisa ainda ta para se fazer”.

Rodrigo, ainda afirma que há um movimento de setores dos familiares dos presos políticos, de jornalistas, de militantes dos Direitos Humanos, mas que há uma resistência muito forte dos meios militares e do próprio governo brasileiro, que teme uma reação negativa por parte dos militares, e que é uma luta que ainda precisa ser fortalecida:

“A ditadura tem quase trinta anos, e este ano é o aniversário de vinte anos da constituição de 88, e até hoje não teve um único torturador que foi responsabilizado e punido. Somente, agora o Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, foi reconhecido como um torturador pela justiça brasileira. É muito tempo, e nesse meio tempo muitos torturadores e mandantes já morreram em paz e inpunes”.

Apesar de muitas pessoas parecerem ter esquecido está parte da história do Brasil, há aqueles que querem fazer justiça, e punir os culpados, mas é difícil sem a ajuda da mídia levantando esta questão e o governo de tomar alguma atitude. Portanto, a veiculação desta reportagem, de Gilberto e Rodrigo, é um alerta para a imprensa e a sociedade brasileira, se conscientizarem que juntos está luta poderá ser vencida. Pois devemos isso há todos os heróis que morreram, para terem o que hoje temos e que não damos valor, que é a tão sonhada Democracia e a Liberdade de Expressão.




Milene Rolan

Os Coroas que se cuidem...


Foi divulgado hoje em Brasília, pelo ministro da saúde, José Gomes Temporão, que cresceu o número de portadores de HIV com mais de cinquenta anos. Em 1996, o número era de 7,5 para cada mil habitantes, e este número passou para 15,7 em 2006.

Em resposta aos dados negativos, o ministro lançou a campanha "Clube dos Enta", que visa conscientizar as pessoas de mais de cinquenta anos para a importância de usar camisinha. A campanha deste ano, do Dia Mundial de Luta contra Aids, terá como foco a população de 50 anos ou mais, e vai ser veinculada na TV, Internet, Rádio e Mídia Impressa, no próximo dia 1° de dezembro.

Talvez os números estejam crescendo, devido ao fato de que na geração dos "enta's" a AIDS não existia, ela veio depois, e isso os fez pensar que nunca seriam atingidos por esta doença, e que somente os jovens seriam vitímas deste vírus. Portanto, é de extrema importância conscientizá-los de que eles devem se cuidar fazendo sexo seguro.



Milene Rolan


Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue

Hoje 25/11, é o dia Nacional do doador voluntário de Sangue. E ao contrário do que muitos pensam, é preciso estar bem alimentado para doar sangue, nada de ficar de jejum.
A doação é muito rápida, fácil e sem riscos. Para ser um doador é preciso ter de 18 a 65 anos e peso acima de 50 kg. Os homens podem fazer a doação de três em três meses, e as mulheres de quatro em quatro meses, devido a perda de sangue no período menstrual.
O Brasil necessita diariamente de 5.500 bolsas de sangue, seja um doador!!
Maiores informações: www.saude.gov.br

Olá

Hoje, mais do que tarde, dou início ao meu Blog, e aqui vou postar críticas, desabafos, matérias interesaantes, fotos, vídeos...e por aí vai.
Espero que todos aqueles que acessarem meu Blog gostem!!
Beijos Milene Rolan